O presidente eleito Donald Trump anunciou planos para acelerar aprovações regulatórias, incluindo ambientais, para empresas ou indivíduos que investirem US$ 1 bilhão ou mais nos Estados Unidos. A medida tem como objetivo atrair investimentos significativos e fomentar a produção doméstica de energia, mas os detalhes sobre como o processo regulatório será simplificado ainda não foram esclarecidos. Em uma postagem na Truth Social, Trump afirmou que investidores desse porte terão “aprovações totalmente aceleradas e permissões, incluindo, mas não limitadas a, aprovações ambientais”. No entanto, sua equipe de transição não forneceu informações sobre quais regulamentações seriam flexibilizadas para cumprir a promessa.
A Agência de Proteção Ambiental (EPA), frequentemente criticada por Trump, será liderada por Lee Zeldin, que já declarou a intenção de reduzir regulamentações consideradas um obstáculo para negócios. O plano reflete a intenção de Trump de continuar desregulamentando agências federais e reverter políticas ambientais da administração Biden, como subsídios para veículos elétricos e normas de emissão de combustíveis.
Trump já demonstrou, em sua gestão anterior, uma postura de oposição a regulamentações ambientais rigorosas, tendo revogado mais de 100 normas relacionadas à qualidade do ar, água e proteção da vida selvagem. Ele também retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris e apoiou intensamente a exploração de petróleo e gás em terras públicas. Para o segundo mandato, ele planeja revogar o Ato de Redução da Inflação, a principal política climática do presidente Joe Biden, e garantir energia de baixo custo no país.
Apesar dessas promessas, especialistas, ambientalistas e ex-funcionários de agências regulatórias alertam que os planos de Trump podem comprometer décadas de avanços na proteção ambiental. Anand Gopal, diretor-executivo da Energy Innovation, destacou os impactos “potencialmente desastrosos” de reverter políticas climáticas, enquanto grupos como o Sierra Club já se preparam para intensificar ações legais contra o governo Trump, buscando mitigar os danos previstos por suas propostas.
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