Entenda Sobre o Tarifaço de Donald Trump

Na última semana, os mercados financeiros e o comércio internacional foram fortemente impactados após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de "tarifas recíprocas" a mais de 180 países. A medida, comunicada oficialmente na quarta-feira, 2 de abril — data que Trump intitulou como o "Dia da Libertação" dos EUA —, prevê alíquotas variando entre 10% e 50%, com início da vigência no sábado, dia 5, e ajustes previstos até o dia 9.

De acordo com o presidente, a iniciativa marca o “renascimento” da indústria americana e representa a retomada do controle econômico dos EUA. No entanto, a decisão provocou reações imediatas no cenário internacional, com diversos países prometendo retaliações, suspendendo investimentos em território norte-americano e redirecionando suas estratégias comerciais.

Especialistas alertam que as novas tarifas podem gerar impactos significativos na economia global. A elevação dos custos de importação tende a encarecer produtos e insumos nos EUA, pressionando a inflação, reduzindo o consumo interno e elevando o risco de desaceleração econômica ou até recessão.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) estima que a política tarifária dos EUA pode reduzir o volume de negócios globais em 1% até 2025. Além disso, a instabilidade gerada pela medida resultou em quedas acentuadas nas bolsas de valores ao redor do mundo, refletindo a preocupação com uma possível escalada protecionista que afete o crescimento econômico internacional.

Trump justificou as tarifas como uma resposta a práticas comerciais “injustas” de parceiros estrangeiros e reforçou seu compromisso com a redução da dívida pública e o reequilíbrio da balança comercial dos Estados Unidos.